quinta-feira, 21 de fevereiro de 2008

Atraso no repasse de verba deixa rodovias cheias de buracos e lama


duas grandes estradas federais que cortam o oeste do Pará, a BR-230 (Transamazônica) e a BR-163 (Santarém-Cuiabá), estão nesta época do ano na mesma situação dos anos anteriores: tomadas por atoleiros e buracos. O Governo Federal liberou recursos para a manutenção das estradas, mas o dinheiro chegou atrasado e está sendo gasto somente agora, no inverno, sendo transformado literalmente em barro. Neste final de semana, a reportagem percorreu de carro alguns trechos da rodovia. Homens e máquinas estão trabalhando para tentar manter a trafegabilidade, mas por causa das chuvas, logo os atoleiros se formam novamente. Na Santarém-Cuiabá, entre as cidades de Santarém e Rurópolis, o trabalho está sendo feito pelo 8° Batalhão de Engenharia e Construção (BEC). Na Transamazônica, por empreiteiras contratadas pelo governo. Como era de se esperar, as obras na Transamazônica são melhores que as feitas pelo BEC na BR-163. Entre as cidades de Rurópolis e Placas, por exemplo, o trabalho feito por uma empreiteira garante o fluxo rápido de veículos, sem atoleiros. Mas isso não quer dizer que não há desperdício de dinheiro público. Entre Placas e Uruará, um trecho de apenas 60 quilômetros, a reportagem flagrou como o dinheiro investido na época errada pode literalmente virar lama. Há algumas semanas, uma construtora começou a trabalhar para recuperar a trafegabilidade. Na semana passada, aproveitando alguns dias de sol, a empresa fez um serviço para aterrar os buracos e atoleiros, mas na sexta-feira, 15, uma forte chuva caiu na região.O resultado foi que a terra jogada na estrada virou um barro liso que impediu o tráfego de veículos. Novos atoleiros se formaram e os caminhões ficaram parados na beira da estrada, esperando uma melhora no tempo. Na Santarém-Cuiabá, o dinheiro público também se transforma em atoleiro. Depois de deixar o trecho entre as cidades de Santarém e Rurópolis (de 220 km) sem manutenção no verão, o governo liberou recursos durante o inverno, quando é impossível fazer outra coisa a não ser puxar carros em atoleiros. O trabalho deve torrar durante o inverno cerca de R$ 2 milhões para não deixar que a estrada fique totalmente intrafegável

Fonte: Reginaldo Ribeiro/O Atual

Nenhum comentário: