quarta-feira, 13 de fevereiro de 2008

Cresce o número de casos de dengue em Santarém

O crescimento do nú­mero de casos de dengue vem preocupando as autoridades da área de saú­de no municí­pio de Santarém, no oeste do estado. Segundo o enfermeiro Ragner Junt, responsá­vel pela Divisão de Vigilância e Saú­de (Divisa), nas ultimas semanas foram registrados quarenta (40) casos suspeitos, destes, apenas vinte e quatro (24) foram confirmados. No entanto, ainda não se sabe o tipo, pois as amostras coletadas dos pacientes foram encaminhadas ao Lacen (Laborató­rio Central do Estado), em Belém, para identificação do ví­rus.
De acordo com o enfermeiro, o maior nú­mero de casos foi identificado na vila de Alter do Chão, mas existem outros pontos que também se destacaram sendo eles: Mapiri, Aparecida, Jardim Santarém e Santarenzinho. A Divisão de Vigilância e Saú­de iniciou todo o trabalho necessá­rio para o combate ao mosquito da dengue principalmente nessas áreas mencionadas. Estão trabalhando cerca de setenta e duas (72) pessoas entre agentes de saú­de e supervisores. Além disso, a Divisão está fazendo os encaminhamentos para as unidades de saú­de, fornecendo orientação sobre os cuidados, e borrifação pela cidade.
Em relação aos municí­pios circunvizinhos, está sendo feito diagnósticos em Itaituba e Oriximiná. Até o momento, já foram confirmados mais de vinte casos em cada um dos referidos municí­pios.
A dengue é uma doença viral transmitida pelo mosquito Aedes Aegypti. Ele é muito pequeno, mas fá­cil de identificar pelos seus há­bitos. Gosta de alojar-se em locais onde tenha água parada. A maneira mais eficaz de combate a doença é não deixar o mosquito transmissor nascer, evitando locais com água parada, seja em pneus, garrafas, pratos, bacias. Mesmo sendo a água limpa. É importante também que se tampem poços, tambores cisternas.
Existem três tipos da doença no Brasil e mais grave é conhecida como 'dengue hemorrágica', uma doença grave e se caracteriza por alterações da coagulação sanguí­nea da pessoa infectada. Inicialmente se assemelha a 'dengue clássica', mas, após o terceiro ou quarto dia de evolução da doença, surgem hemorragias em virtude do sangramento de pequenos vasos na pele e nos órgãos internos. A dengue hemorrá­gica pode provocar hemorragias nasais, gengivais, gastrointestinais ou uterinas.
A dengue é classificada como um problema de saú­de pú­blica, e para que este problema não venha agravar-se neste municí­pio, o enfermeiro pede que as pessoas com suspeita da doença procurem o serviço de saú­de mais pró­ximo para fazer o tratamento, pois a vigilância já está fazendo o acompanhamento e monitoramento dos casos.
ARRASTÃO
Os bairros do Livramento e São José Operá­rio vão receber nesta sexta-feira (15), um 'arrastão' de combate à dengue. Segundo a Prefeitura, a iniciativa da programação é dos integrantes do PACS - Programa de Agentes Comunitá­rios de Saú­de, que atuam nos dois bairros.
De acordo com o responsá­vel pelo PACS Livramento/São José Operá­rio, enfermeiro Anderson Cavalcante, os Agentes de Endemias da Divisão de Vigilância em Saú­de e os Agentes Comunitá­rios de Saú­de vão visitar as casas e orientar os moradores.
Além disso, em frente ao Centro de Saú­de do Livramento (Rua Tupaiulândia com Dom Frederico Costa), será instalada uma tenda, onde serão realizadas diversas ações de combate ao mosquito transmissor da dengue.
As atividades também serão levadas às escolas Magalhães Barata, São José Operá­rio, Maria de Lourdes Almeida e Belo de Carvalho. O arrastão conta com a parceria das Associações de Moradores do Livramento e do São José Operá­rio, Clean Sevice, Secretaria Municipal de Transportes e Secretaria Municipal de Saú­de.
RURÓPOLIS
Em Ruró­polis, que está entre os municí­pios considerados de alto risco pela Sespa (Secretaria de Saú­de do Estado), a Prefeitura Municipal está realizando 'fumacês' pelas ruas da cidade, além de capacitar agentes de saú­de para atuarem na prevenção da doença.
PLACAS
Em Placas, a Secretaria de Saú­de realizou vá­rios mutirões de combate a dengue. Além dos Agentes Comunitá­rios de Saú­de, vá­rios populares se solidarizaram ajudando nos trabalhos. O secretá­rio de saú­de, Cláudio Faleiro, alertou a população e pediu que contribuíssem com os trabalhos, evitando deixar recipientes onde acumule água parada. 'Prevenir é sempre o melhor remé­dio; estamos em tempos chuvosos e nesta época é comum a proliferação do mosquito Aedes Aegypti o grande responsá­vel pela transmissão da dengue', alerta o secretá­rio.
Fonte: Agência Amazônia

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