quinta-feira, 13 de março de 2008

Ana Júlia promete novos investimentos no Pará

governadora do Pará, Ana Júlia Carepa (PT) anunciou grandes investimentos no Estado, nesta quarta-feira, 12, durante a instalação do Fórum Paraense de Competitividade. Além da governadora, participaram do evento cinco secretários de Estado; os presidentes da Sudam, Banco da Amazônia e Banpará; o diretor de Energia da Companhia Vale, Tito Martins; presidentes de federações de classe e sindical; prefeitos, deputados e empresários. O Fórum Paraense de Competitividade (FPC) reúne 28 membros representantes de diversos setores produtivos e instituições públicas e de fomento, com o fim de identificar e eliminar gargalos da economia paraense, para tornar nossos produtos mais competitivos.
A governadora Ana Júlia Carepa destacou, em seu discurso, o desafio de conciliar crescimento econômico com distribuição de renda, e que todas as ações do atual governo convergem para atingir este objetivo "de forma sustentável, sem destruir nossos recursos naturais". Ana Júlia Carepa falou ainda do zoneamento territorial que norteia as ações de desenvolvimento no Estado e a valorização do capital humano como agente essencial de desenvolvimento. "Assim é que conseguimos, junto ao presidente Lula, a construção de mais uma universidade federal do Pará, no oeste do Estado".
Na questão da infra-estrutura educacional e tecnológica, Ana Júlia Carepa destacou a construção, pelo governo do Estado, de três parques de ciência e tecnologia (Belém, Marabá e Santarém) e o programa NavegaPará, que, por meio de convênio com a rede de fibra ótica Metrobel e com a Eletronorte, vai levar internet de alta velocidade a dois milhões de pessoas em 15 municípios, até agosto próximo, e a 60 cidades até o final do ano.
A governadora também informou que o novo presidente da Eletrobrás, José Antônio Lopes, que toma posse na próxima segunda-feira, anunciou uma agência da empresa em Belém, fazendo jus aos investimentos em energia programados para o Estado.
Convênios - Como parte das ações ligadas ao desenvolvimento, Ana Júlia Carepa assinou ontem dois decretos: um que permite às pequenas e médias empresas venderem para o governo do Estado; e outro que cria uma comissão que elimine os impedimentos para que estas empresas sejam incluídas no programa de compras governamentais do Pará.
Além disso, a governadora assinou uma mensagem à Assembléia Legislativa, em que retira a Companhia de Desenvolvimento Industrial (CDI) da condição de "em liquidação" e garante a atuação da empresa como órgão de fomento por meio de distritos industriais. No ato da assinatura, Ana Júlia Carepa anunciou a construção do Distrito Industrial de Santarém, que terá recursos iniciais de R$ 3,6 milhões; a conclusão da segunda fase do Distrito Industrial de Marabá (R$ 7,2 milhões), obras de reforma emergencial do centro de conveções do Distrito de Ananindeua (R$ 3 milhões) e obras no Distrito Industrial de Barcarena no valor de R$ 6,3 milhões.
Em infra-estrutura energética, somente nas ações preparatórias para a Construção da Usina Hidrelétrica Belo Monte até 2010 deverão ser investidos R$ 2,2 bilhões. Para a construção da Linha de Transmissão Interligando Tucuruí a Macapá e Manaus, serão investidos R$ 2,26 bilhões e, para a linha de transmissão de Interligação Norte-Sul (que cortará os Estados do Pará e Tocantins) serão investidos R$ 458 milhões.
Com as obras de saneamento e construção residencial, estes valores ganham mais cerca de R$ 3 bilhões, o que desenha um cenário privilegiado para o desenvolvimento do Pará nos próximos três anos.
Tito Martins, diretor-executivo de assuntos corporativos e energia da Vale, destacou que o Pará deverá ser o Estado brasileiro que mais vai crescer nesta década e na próxima. "O Estado tem uma economia pujante e visibilidade internacional. É uma oportunidade histórica, e, para tanto, é preciso que haja uma maior rapidez nos processos e nas decisões".
O diretor da Vale destacou os gargalos fundamentais para garantir o crescimento nas taxas projetadas: infra-estrutura e logística, energia e treinamento e capacitação de mão-de-obra. "Está claro que o Pará e o Brasil vão precisar de fontes alternativas de energia; só Belo Monte não vai resolver. Além disso, é um enorme desafio treinar e qualificar a mão-de-obra demandada para o Pará nos próximos três anos, como correspondência aos mais de R$ 20 bilhões de dólares programados para investimentos só no setor mineral".
Fonte: Eco

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