terça-feira, 29 de janeiro de 2008

Preguiça de levantar cedo pode estar 'marcada' na pele

Você dorme até tarde e simplesmente não funciona antes do meio-dia? Ou é daqueles que levanta assim que o galo canta e não consegue voltar para o travesseiro? Todo mundo diz que há algo de errado com isso? Pois saiba que em breve será possível saber se você sofre de algum distúrbio com uma simples análise da sua pele.
Todos nós “funcionamos” melhor em um certo período do dia. Enquanto alguns pulam da cama assim que o Sol nasce, e são produtivos pela manhã, outros estão acostumados a transformar “cinco minutinhos” antes de acordar em um belo par de horas e trabalham melhor à tarde e à noite.
A princípio essas variações são normais. Mas alguns distúrbios no chamado “relógio biológico” do nosso organismo realmente atrapalham a vida de quem sofre com o problema. É o caso de pessoas que despertam automaticamente em horários ingratos como 4 ou 5 horas da manhã e não conseguem voltar a dormir. Ou daqueles que ficam abraçados ao travesseiro até horários nada produtivos como 4 ou 5 horas... da tarde.
Esse tipo de problema é de difícil tratamento porque raramente alguém vê um dorminhoco como nada além de um preguiçoso, ou algo de errado em um madrugador. Mas, agora, com o estudo Steven Brown, da Universidade de Zurique, na Suíça, pode ser possível identificar o problema com um simples teste.
Na pesquisa, publicada nesta semana na “PNAS”, a revista da Academia Nacional de Ciências dos Estados Unidos, Brown revela que a preferência por uma hora do dia para trabalhar está literalmente “gravada” na pele das pessoas. Ele encontrou sinais nas moléculas da pele que indicam quais pessoas têm um ritmo mais noturno e quais as que são madrugadoras.
Segundo o pesquisador, o relógio biológico do nosso cérebro é o centro que regula nossos hábitos diários. Para fazer isso, no entanto, ele trabalha sincronizando todas os pequenos relógios que existem em nossas células.
Para comprovar, sua equipe pegou amostras de pele de 28 voluntários e inseriu um gene que as fazia brilhar. O desaparecimento desse brilho, eles descobriram, era ligado ao ritmo do relógio biológico. Na pele de quem acordava muito cedo, o brilho durava pouco. Naqueles que preferiam dormir até mais tarde, durava mais. Como esperado, a maioria dos voluntários apresentou uma duração intermediária, nem longa demais nem curta demais.

Fonte: G1

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